quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Moinho da Parreira

Este foi um engenho que não abordamos aquando da elaboração da nossa dissertação de mestrado. Com efeito, apenas lhe conhecíamos uma referência: o Sr. José Fernandes mencionou que a Parreira (ou o Monte da Parreira, como aparece na Carta Militar) tivera um moinho em tempos, apesar dele próprio (com 80 anos na altura em que falamos) nunca se ter lembrado que ele tivesse trabalhado. Optamos por não fazer referência a este na nossa dissertação, por termos apenas esta menção.

Contudo, ao lermos a obra de Henriques (2012), encontramos uma referência a este engenho, relativa a um contrato de arrendamento que terá ficado sem efeito, possivelmente ainda antes de ter entrado em vigor. No entanto, é possível tirar alguns dados dele, para que possamos ficar com algumas noções do moinho que existia e podermos assim contribuir para a sua memória. 

Em primeiro lugar, o documento data de 1764, ou seja, segunda metade do séc. XVIII. Face a isto, podemos afirmar que este seria um dos oito moinhos que Vasconcellos (1926) afirma que existiam na margem da Ribeira de Muge, em meados do séc. XVIII, na freguesia da Raposa. Assim, sabemos que nesta data o moinho era propriedade de António Faria de Melo, que morava em Almeirim. Se o ia arrendar, é porque possivelmente não seria moleiro. É ainda referido que o moinho dispunha de “três engenhos”, ou seja, três casais de mós.


Podemos contudo perguntar-nos: onde ficava este moinho, ao certo? Apesar de não podermos responder a esta pergunta, podemos lançar algumas pistas sobre isso. Como tal, e como já vimos fazendo como método de trabalho, passaremos a consulta às cartas militares, que nos podem proporcionar algumas informações úteis. No caso da Parreira, conseguimos através da ferramenta “Mapas Online” do Município de Salvaterra de Magos, o acesso a uma carta mais antiga, dos anos 70. Deste modo, o engenho não aparece assinalado em nenhuma das cartas, como seria expectável, atendendo a que nem o Moinho da Várzea (vizinho) aparece como tal. Por outro lado, possivelmente a levada que o serviria seria a mesma do Moinho da Várzea, tocando deste modo quatro engenhos (a estes dois, juntam-se a montante os moinhos da Ponte Velha e do Pinheiro). Quanto à sua localização mais exata, cremos poder apontar três hipóteses. Correspondem ao encontro que há entre três caminhos que partem do aglomerado de edificações (os casais) da Parreira para junto da vala, que são visíveis na carta militar mais antiga. Num deles, aquele que fica mais próximo à Várzea, é visível até uma construção. Seria o antigo moinho, transformado em qualquer estrutura de apoio à atividade agrícola ou pecuária?

Bibliografia e outras fontes:
HENRIQUES, Eurico (2012). As Origens de Benfica do Ribatejo. S/l: ed. Rancho Folclórico de Benfica do Ribatejo.

José Fernandes (fonte oral).

VASCONCELLOS, Frazão de (1926). “O Paço dos Negros da Ribeira de Muge e os seus almoxarifes”, separata da publicaçãoBrasões e Genealogias. Lisboa: Tipografia do Comércio.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

II. Os almoxarifes do Paço Real da Ribeira de Muge – nos 500 anos da conclusão do Paço Real da Ribeira de Muge

Sendo este ano aquele em que se comemoram os 500 anos da conclusão da edificação do Paço Real da Ribeira de Muge, apresentamos hoje o segundo de doze temas relativos a este. Sobretudo para lembrar os 500 anos da nomeação do primeiro almoxarife, trazemos hoje não o desfilar e dissecar da nomeação dos vários homens que ocuparam o cargo – isso já foi feito, e bem, por Vasconcellos (1926) e Evangelista (2011) – mas antes um sublinhar de alguns aspetos, olhados de forma transversal ao longo dos anos em que o almoxarifado esteve em funcionamento.

O almoxarifado no Paço Real da Ribeira de Muge foi criado a 9 de Fevereiro de 1514, sendo nomeado almoxarife Diogo Rodrigues. Este já exercia essa atividade, como almoxarife das obras, que se desenrolaram desde 1511 até 1514. Na tabela abaixo encontramos a cronologia daqueles que exerceram a atividade, e em que anos foram nomeados:


As funções do almoxarife, no caso específico do Paço Real da Ribeira de Muge, “mais do que o guarda dos paços e do pavilhão de caça, era o funcionário da fazenda que percebia os rendimentos do paul” (Beirante apud Evangelista, 2011: 109). Quer isto dizer que as pessoas que habitavam as charnecas e cercanias do paço, eram aqui que vinham pagar as rendas e impostos devidos ao monarca. Para além disto, é referido que é necessário que os almoxarifes façam a guarda dos paços e pavilhão de caça. Ora precisamente, em quase todas as nomeações de almoxarifes, na descrição do vencimento, é referido que estes ganhariam dois moios de cevada anual, com objetivo de manter um cavalo para guarda da coutada.

Pórtico do Paço, com capela no interior. Vista em 2009.

Falando precisamente nos vencimentos, este é um outro aspeto curioso. Para além dos referidos dois moios de cevada, os almoxarifes recebiam ainda dois moios de trigo, “para seu mantimento”, ou seja, para os seus gastos pessoais. Além destes, recebiam ainda uma quantia de dinheiro, que foi aumentando ao longo dos anos. Com efeito, Diogo Rodrigues começou por receber 5$000, sendo ainda possível que passasse a receber 8$000. Em 1527, cinco anos depois de estar a exercer o cargo, Luís da Mota é aumento dos ditos 8$000 para 10$000. Este valor manter-se-á durante mais de dois séculos, não obstante ao aumento em 1644 para 34$000, sendo apenas os 10$000 para mantimento do almoxarife, e os 24$000 para pagar a um homem que andaria sempre nos pomares do paço, passando a dois homens (pelo mesmo valor) com a nomeação de Jorge Peixoto da Silva, em 1667. Este cenário só se alterará em 1769, com a nomeação do último almoxarife, Paulo Soares da Mota (II). Este receberia 40$000, tendo de ter à sua conta os dois homens referidos.

O ofício de almoxarife (tal como muitos ofícios à época) era hereditário. Com efeito, é frequente encontrar nas cartas de nomeação que o cargo tinha vagado por morte do anterior (é o caso de Luís da Mota, Estevão Peixoto, entre outros). Por outro lado, é também comum que o ofício passe de pai para filho ou para genro. Abaixo surge uma sequência genealógica de parte dos almoxarifes.



Após os dois primeiros almoxarifes entramos nesta, digamos, “dinâmica” de herança do ofício. Contudo, após João Rodel Figueira, o ofício foi extinto (não sabemos se aquando da sua morte, se antes disso), sendo posteriormente reaberto e nomeado Francisco de Almeida, monteiro, para o cargo. Este recebia apenas um moio de trigo e outro de cevada (além dos 10$000+24$000), recebendo o outro moio de trigo e de cevada a viúva de João Rodel Figueira. Com a morte de Francisco Almeida, é nomeado para o cargo o filho de João Rodel Figueira, Jorge Peixoto da Silva.

Quando Jorge Peixoto da Silva morre, o seu filho, que lhe sucederia no ofício, é menor. Assim, irá suceder no cargo de almoxarife dos “Paços dos Negros da Ribeira de Muge” José Soares da Mota, que terá de dar metade do ordenado a D. Francisca Moura, viúva. No entanto, José Soares da Mota morre antes de Filipe Peixoto da Silva atingir a maioridade. Assim, ficará o seu filho, Paulo Soares da Mota (I) a ocupar o cargo. Contudo, Filipe Peixoto da Silva desistiu do cargo, e Paulo Soares da Mota (I) irá tomá-lo com carácter definitivo, passando posteriormente para o seu filho (João de Seixas Henriques) e depois neto (Paulo Soares da Mota II), que será o último almoxarife do paço.

Vista da zona do Pomar para o interior do Paço, em 2009.

Um outro aspeto digno de nota prende-se com a diferença entre a data de nomeação para o cargo e o exercício efetivo deste. Com efeito, poderia o almoxarife começar a exercer a função antes de ser nomeado pelo monarca. Foi o caso de Estevão Peixoto, que apesar de ser nomeado a 30 de Setembro de 1546, já o exercia desde 3 de Agosto de 1545, quando morre o seu sogro, Luís da Mota, tendo decorrido um ano até à nomeação.

No final do séc. XVIII, o paço sai da posse da Coroa. O almoxarife passará a ter apenas a capela a seu cargo. Evangelista (2011), refere que este era ocupado em 1801 por João Evaristo de Sá e Seixas, com um ordenado de 40$000.

Bibliografia:
EVANGELISTA, Manuel (2011). Paço dos Negros da Ribeira de Muge: A Tacubis Romana. S/l: Edição do autor.

VASCONCELLOS, Frazão de (1926). “O Paço dos Negros da Ribeira de Muge e os seus almoxarifes”, separata da publicação Brasões e Genealogias. Lisboa: Tipografia do Comércio.

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sábado, 8 de fevereiro de 2014

Os moinhos como elementos n’ “A Paisagem Nórdica do Museu do Prado”

Ver post sobre a exposição aqui

Tratando esta exposição a pintura de paisagem flamenga e holandesa, na sua grande parte, não poderiam os moinhos deixar de fazer parte desta, ou não fossem estes elementos recorrentes nestes locais. Por outro lado, não poderíamos deixar nós de o mencionar, tendo dedicado a este objeto a nossa investigação académica ao nível do mestrado. Com efeito, ao visitar a exposição, não era este o nosso propósito. Contudo, ficamos agradavelmente surpreendidos com esta representação nas diversas obras que a compõem.

“Paisagem com moinhos de vento”
Jan Brughel, o Jovem

Nesta pintura, cujo próprio nome remete para a questão dos moinhos, encontramos a dominar um moinho de vento, em madeira, existindo um outro engenho igual, em segundo plano. Já num terceiro plano, são identificáveis ainda mais dois engenhos. Estes moinhos podem ser classificados como Post Mills, com a tradução literal de “Moinhos de Poste”. Rodando em 360º, para apanhar o vento dominante, eram feitos de madeira, e o seu nome advém do poste sobre o qual eram construídos e sob o qual todo o moinho rodava.

Os engenhos eram fundamentais “para o desenvolvimento económico dos Países Baixos: nas províncias meridionais utilizava-se para fabricar farinha, enquanto que nas setentrionais os moinhos eram bombas de drenagem de do sistema de canalização dos terrenos ganhos ao mar” (Kubissa, 2013: 75). Os camponeses, na parte inferior da tela, carregam a farinha para a aldeia que se vê no horizonte. Os moinhos, ao serem representados com tamanhos diferentes, mas repetidos, ajudam a criar a sensação de profundidade e convergência para a aldeia. Com efeito, podemos considerar uma mensagem da própria desta atividade económica: ela existe para as pessoas, e converge para elas.

“A praça da aldeia”
Pieter Bout

Esta obra dá-nos outra prespetiva da presença dos moinhos no quotidiano. Aqui encontramos um Post Mill no centro da aldeia, fazendo parte do dia-a-dia das pessoas que ali vivem, e estando situado num espaço nobre, junto à igreja.

“Carnaval sobre o gelo”
Pieter Bout

Nesta segunda pintura de Bout, encontramos uma representação do Carnaval, como época festiva, que se revela na comemoração da data festiva sobre um lago gelado. Mais uma vez, encontramos dois moinhos como parte integrante da paisagem. Um Post Mill, e um pouco mais atrás um Tower Mill. Estes são moinhos de alvenaria, com um capelo de madeira, que roda 360º para apanhar o vento dominante.

É interessante a sua representação conjunta, pois os Tower Mills podem ser considerados um aperfeiçoamento dos Post Mills (não deixando, contudo, de conviverem ambos os tipos de engenho). No entanto, só a partir do séc. XVIII são considerados de maior viabilidade face a estes. Sendo comuns na paisagem flamenga, não é de estranhar a sua presença e a sua simples incorporação na pintura de paisagem. Os moinhos afirmam-se como um elemento desta e são fundamentais no quotidiano das populações.

Bibliografia
KUBISSA, Teresa Posada (2013). Rubens, Brueghel, Lorrain: A Paisagem Nórdica do Museu do Prado. Lisboa: Ed. Museu Nacional de Arte Antiga e Imprensa Nacional da Casa da Moeda.


WATSS, Martin (2006). Windmills. S/l: Shire Library. 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Exposição CCB – África: Visões do Gabinete de Urbanização Colonial (1944-1974)

Esta é uma exposição que está patente até ao final do mês na Garagem Sul do Centro Cultural de Belém (CCB), com a curadoria de Ana Vaz Milheiro, Ana Cannas e João Vieira. Este é um espaço recentemente criado no CCB, e é dedicado exclusivamente a exposições sobre arquitetura.


Aqui embarcamos numa viagem à urbanização das colónias portuguesas em África (S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné, Moçambique e Angola) numa altura em que o regime vigente precisava de se afirmar não como senhor dos territórios, mas sim colocá-los em pé de igualdade com a metrópole. Criam-se assim projetos para numerosos edifícios nestes locais, sobretudo serviços do estado (escolas, maternidades, hospitais), mas também habitações.



E é precisamente isso que encontramos nesta exposição: as maquetes, as plantas, os desenhos que fizeram parte do trabalho deste gabinete ao longo dos anos. A acompanhar, conseguimos ver fotografias daqueles que foram construídos. A nível dos próprios projetos, estes conheceram três fases, de inspirações diferentes:

1.º Gabinete de Urbanização Colonial – GUC (1944-51): a arquitetura é de inspiração mediterrânea, na sua grande parte, bebendo no sul de Portugal Continental.

2.º: Gabinete de Urbanização do Ultramar – GUU (1952-57): neste período são utilizadas “tipologias mais monumentalizadas e historicistas, associadas aos regimes ditatoriais” (Milheiro, 2013: 10).

3.º: Direcção de Serviços de Urbanismo e Habitação da Direção-Geral de Obras Públicas de Comunicações do Ministério do Ultramar – DSU/DGOP-UM (1958-74): a arquitetura é mais virada, sobretudo, para o nativismo africano, “antecipando visões de autonomia e independência” (idem).


Do ponto de vista técnico, é uma exposição com uma configuração que se pode considerar mais alternativa. Com efeito, as tabelas são simples carateres colados ao chão, enquanto que as imagens pendem simplesmente do teto. Atendendo a que se trata de uma sala ampla, cria um ambiente diferente daquele a que estamos habituados numa exposição “clássica”, ajudado pelo barulho de fundo de duas máquinas a passar diapositivos, e que nos fazem transportar para uma dimensão alternativa.

Bibliografia

MILHEIRO, Ana Vaz (2013). África: Visões do Gabinete de Urbanização Colonial. S/l: Ed. CCB. 
Fotos: Facebook Centro Cultural de Belém. 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Exposição temporária no MNAA: Rubens, Brueghel e Lorrain: A paisagem Nórdica do Museu do Prado

“Boda Campestre”, de Jan Brueghel, o Velho.
Este episódio relata um casamento, cujo cortejo virá do centro da aldeia, e irá para a entrada do templo onde irá ocorrer a cerimónia. O cortejo é constituído sequencialmente por um tamborileiro, pelo noivo, homens de ambas as famílias, músicos, mulheres, a noiva, e assim por diante. O templo ocupa a centralidade da tela, contudo vai propagando-se a pormenorização a vários elementos da paisagem, como as árvores.

Está patente no Museu Nacional de Arte Antiga uma exposição denominada “Rubens, Brueghel e Lorrain: A Paisagem Nórdica do Museu do Prado” até 30 de Março. É uma oportunidade única de visitar em Lisboa obras de grandes mestres da pintura do séc. XVII. A exposição estende-se a outros pintores para além dos mencionados no título e conta com um total de 57 pinturas de paisagem flamenga e holandesa, que fazem parte exclusivamente do acervo do Museu do Prado.

“Paisagem com Moisés salvo das águas”, de Claude Lorrain
É uma paisagem vertical, que retrata um tema bíblico (a recolha de Moisés, em bebé, no Nilo). Era um tema com uma grande tradição, contudo Lorrain dar-lhe-á uma nova leitura. Não são as margens exóticas do Egito, mas sim uma paisagem bucólica e verdejante, com um pastor a dormir. De salientar que o céu ocupa cerca de dois terços pintura, levando a que seja dado uma maior importância ao horizonte e à própria paisagem.

É considerada pelos italianos “paisagem nórdica” aquela que fica para lá dos Alpes, ou seja, a Holanda e Países Baixos. Até aqui, a pintura era essencialmente figurativa e a paisagem é meramente acessória. A partir daqui, poderemos assistir a uma transformação desta conceção, passando a paisagem a poder ocupar o lugar primordial da pintura. A parte narrativa da pintura ocupa uma parte não muito substancial desta, passando o envolvente a tomar mais espaço e mais expressão. Com uma alta densidade pictórica, e altamente pormenorizada, será uma exposição para poder ser apreciada com tempo.

“Ato de Devoção de Rodolfo I de Hasburgo”, de Peter Paul Rubens e Jan Wildens
Esta é uma pintura que pretende transmitir a religiosidade de Rodolfo I. Este encontrava-se a caçar com o seu escudeiro, e ao cruzarem-se com um padre e o sacristão que levavam o sagrado viático a um pobre, cedem-lhes as suas montadas. Com uma dimensão humorística, patente no facto do sacristão não estar habituado a montar e revelar dificuldades em se equilibrar em cima do cavalo, assim como os cães se encontrarem a urinar. Há ainda a dimensão da vida para a morte, que vai da parte esquerda para a direita: vemos as próprias árvores que vão perdendo vida.

Do ponto de vista técnico, esta é uma exposição bastante bem preparada. As 57 obras foram espalhadas por nove núcleos temáticos (a montanha, a vida no campo, a paisagem de gelo e neve, o bosque como cenário, entre outros). Para acompanhar a exposição, foi feito um folheto com informação clara e sucinta. Para a complementar, foi criado um catálogo, que permite levar a exposição para casa. Com 177 páginas, a cores e com uma gramagem considerável, impresso em papel couché, com uma boa análise artística. Ainda mais, há uma série de merchandising sobre a exposição, que vai de canecas a postais, marcadores de livros ou blocos de notas. Foi ainda criado um site (aqui), onde é possível ter mais informações sobre a exposição, por um lado, e poder acessar frequentemente a notícias sobre esta, que aqui são reunidas. Para além disto, há a salientar a escolha sempre da mesma imagem para a construção da imagem da exposição: a tela de Pieter Paul Rubens, Atalanta e Meleagro caçando o javali de Cálidon, reproduzida abaixo. Como a aspeto menos positivo, há a destacar as tabelas, que poderiam ter uma fonte maior.

Atalanta e Meleagro caçando o javali de Cálidon”,de Peter Paul Rubens.
Esta pintura tem a particularidade de ter sido pintada por Rubens por deleite do autor e não por uma encomenda que lhe tenha sida feita. É uma obra enorme e que nos sentimos impressionados na sua presença. Mais escura que outras do autor, o espaço narrativo ocupa apenas cerca de um terço da tela, levando a que o bosque que constitui a paisagem ocupe a maior parte dela.

Bibliografia:

KUBISSA, Teresa Posada (2013). Rubens, Brueghel, Lorrain: A Paisagem Nórdica do Museu do Prado. Lisboa: Ed. Museu Nacional de Arte Antiga e Imprensa Nacional da Casa da Moeda.