Como
referimos aqui, em 1834 o Convento da Serra é
extinto. Segundo Andrade (2012), após a extinção das ordens religiosas, os
grandes lavradores de Almeirim organizam-se de modo a comprar os bens destas
(várias casas conventuais e monásticas de Santarém tinham bens deste lado do
Tejo), por forma a poder alargar o seu património. O Convento da Serra acaba
por ir parar às mãos dos Condes Sobral, cuja principal propriedade no concelho
é ainda hoje o Casal Branco (contudo, também o Casal Monteiro e a Herdade dos
Gagos foram posse desta casa).
Na
sua obra sobre o concelho de Almeirim entre 1867 e 1879, Bárbara (2013), no
estudo populacional, menciona a existência da “Quinta de Nossa Senhora da
Serra” em 1871, com 15 fogos e 64 habitantes. Seriam estes habitantes os
descentes dos caseiros ou da pequena comunidade a que aludimos aqui? Ou seriam já um incremento do Conde Sobral? A ser
assim, verificamos que a esta época, o Convento da Serra já tinha uma dimensão
superior ao próprio Casal Branco, que contava com apenas seis fogos e 24
habitantes.
Todavia,
o que sabemos, é que este espaço pertencia eclesiasticamente à Paróquia de
Marvila, de Santarém. Tal situação não é inédita, verificando-se o mesmo para
vários casais do concelho, nomeadamente o próprio Casal Branco, que pertencia à
paróquia escalabitana de S. Nicolau.
Bibliografia:
BÁRBARA, Luís (2013). Almeirim, 1867 a 1879 – vida e curiosidades.
S/l: Ed. Associação de Defesa do Património Histórico e Cultural do Concelho de
Almeirim.
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