domingo, 20 de julho de 2014

Depois da extinção do Convento da Serra

Como referimos aqui, em 1834 o Convento da Serra é extinto. Segundo Andrade (2012), após a extinção das ordens religiosas, os grandes lavradores de Almeirim organizam-se de modo a comprar os bens destas (várias casas conventuais e monásticas de Santarém tinham bens deste lado do Tejo), por forma a poder alargar o seu património. O Convento da Serra acaba por ir parar às mãos dos Condes Sobral, cuja principal propriedade no concelho é ainda hoje o Casal Branco (contudo, também o Casal Monteiro e a Herdade dos Gagos foram posse desta casa).

Na sua obra sobre o concelho de Almeirim entre 1867 e 1879, Bárbara (2013), no estudo populacional, menciona a existência da “Quinta de Nossa Senhora da Serra” em 1871, com 15 fogos e 64 habitantes. Seriam estes habitantes os descentes dos caseiros ou da pequena comunidade a que aludimos aqui? Ou seriam já um incremento do Conde Sobral? A ser assim, verificamos que a esta época, o Convento da Serra já tinha uma dimensão superior ao próprio Casal Branco, que contava com apenas seis fogos e 24 habitantes.

Todavia, o que sabemos, é que este espaço pertencia eclesiasticamente à Paróquia de Marvila, de Santarém. Tal situação não é inédita, verificando-se o mesmo para vários casais do concelho, nomeadamente o próprio Casal Branco, que pertencia à paróquia escalabitana de S. Nicolau.

Bibliografia:
BÁRBARA, Luís (2013). Almeirim, 1867 a 1879 – vida e curiosidades. S/l: Ed. Associação de Defesa do Património Histórico e Cultural do Concelho de Almeirim.

ANDRADE, José J. Lima Monteiro (2012). O Espírito de Almeirim: um desafio. S/l: Ed. Santa Casa da Misericórdia de Almeirim. 


http://embuscadopatrimonio.blogspot.pt/2014/04/500-anos-do-convento-da-serra.html
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